Murais de Liberdade
![Murais de Liberdade
Foto: Projeto Ruído Murais de Liberdade
Foto: Projeto Ruído](https://cdn.visitportugal.com/sites/default/files/styles/experiencias_detalhe/public/mediateca/Imagem-website-PT.jpg?itok=XY8w8ldJ)
Faça o roteiro de arte urbana “Murais de Liberdade” e participe nas celebrações do 50º aniversário do 25 de Abril de 1974, um momento de renovação, liberdade e unidade que assinalou a transição para a democracia, em Portugal.
Conheça melhor o que aconteceu nesta data histórica apreciando obras de arte urbana da autoria do grupo “Ruído”, enquanto se passeia pelas cidades onde tiveram lugar os acontecimentos mais importantes da Revolução dos Cravos. Em 14 localidades, representando todas as regiões do continente e ilhas, a história é contada em murais em que se destacam temas e símbolos relacionados com a liberdade, o humanismo e a democracia.
Bragança | Manifestações Populares
No extremo nordeste de Portugal, Bragança foi um importante ponto de defesa da fronteira portuguesa, onde ainda se preserva o núcleo urbano medieval dentro das muralhas do castelo. Fique a conhecer o património desta localidade, em que se destaca a Domus Municipalis, a Sé, o Centro de Arte Contemporânea de Graça Morais, o Museu Ibérico da Máscara e do Traje, entre os vários pontos de interesse.
Não deixe de fazer o percurso de arte urbana em Bragança. Ao passar no Largo Forte São João de Deus, nas paredes do antigo quartel, será surpreendido pelo mural dedicado à primeira manifestação popular que foi organizada pelo MFA – Movimento das Forças Armadas e aconteceu no dia 27 de abril de 1974. As manifestações mostraram o apoio do povo ao movimento revolucionário e foram fundamentais para consolidar os ideais da democracia, evidenciando o papel ativo da sociedade civil na mudança de políticas e o seu poder transformador.
São João da Madeira | “Lápis azul nunca mais”
Em São João da Madeira, as fábricas antigas fazem parte da história local e são pontos de interesse a visitar na cidade, em circuitos predefinidos de património industrial ou para serem descobertos de forma autónoma. Visite o Museu da Chapelaria, o Centro de Arte Oliva, uma antiga fábrica de máquinas de costura transformada num espaço dedicado à Arte Contemporânea, ou a fábrica de lápis Viarco, que serviu de inspiração ao mural “Lápis azul nunca mais”, mote para a celebração do 25 de abril e da Liberdade nesta cidade.
Durante o regime do Estado Novo em Portugal, o "lápis azul" foi o símbolo da censura sobre a produção cultural e artística. Era usado para cortar os textos considerados inaceitáveis pelo regime, principalmente as passagens que poderiam ser interpretadas como críticas à ideologia vigente. Com o 25 de Abril, o fim da censura permitiu que vozes antes silenciadas pudessem ser ouvidas, possibilitando a expressão livre de ideias e de opiniões.
Coimbra | Movimento estudantil e resistência Cultural
Nas margens do Rio Mondego, Coimbra é conhecida pela sua Universidade e celebrada como sendo a “cidade dos estudantes”. Fundada no séc. XII, é a mais antiga de Portugal e uma das mais antigas da Europa, tendo sido considerada Património da Humanidade pela UNESCO, classificação que inclui a Rua da Sofia e a Alta da cidade. Em Coimbra, destaca-se ainda o Mosteiro de Santa Cruz, onde se encontra o túmulo do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, a Sé Velha, e o Museu Nacional Machado de Castro, entre outros monumentos de referência.
Durante as décadas de 1960 e de 1970, os estudantes de Coimbra foram protagonistas de várias manifestações e greves que desafiaram o regime autoritário vigente e foram fundamentais para a criação de um ambiente de contestação que culminou na Revolução dos Cravos. Adriano Correia de Oliveira foi uma figura central neste movimento, um dos mais influentes cantores de intervenção da época, cujas canções se tornaram hinos da luta estudantil.
Caldas da Rainha | Resistência
A cidade onde a Rainha D. Leonor (séc. XIV) mandou construir um hospital para beneficiar das águas termais, dando-lhe o nome, tornou-se um centro artístico de referência ao longo da história, o que lhe justifica o título de Cidade Criativa da UNESCO. Nas Caldas da Rainha, visite o Museu José Malhoa, pintor português de referência em finais do séc. XIX, e o Museu da Cerâmica, testemunho da importância dos centros cerâmicos da região, em que se destacam as obras de Rafael Bordalo Pinheiro, expostas igualmente na Casa-Museu de São Rafael.
Na intitulada Cidade Criativa da UNESCO, justificou-se pintar um mural dedicado à liberdade e relembrar um episódio histórico. Cerca de um mês antes do 25 de abril de 1974, no dia 16 de março, deu-se nas Caldas da Rainha a primeira tentativa de um golpe para derrubar o regime ditatorial em vigor, organizada por um grupo de oficiais descontentes. Apesar de fracassado, o evento evidenciou a fragilidade do governo de Marcelo Caetano e impulsionou o Movimento das Forças Armadas a intensificar os seus esforços de mobilização e planeamento.
Vila Franca de Xira | O papel da imprensa na Revolução
Os passeios junto ao rio são uma boa forma de conhecer Vila Franca de Xira, enquadrada na paisagem da lezíria do Tejo. Na cidade ribeirinha, vale a pena visitar o Museu do Neo-Realismo, um espaço dedicado ao trabalho de artistas e escritores neorrealistas que marcaram a cultura e a história contemporânea portuguesas durante o séc. XX. Muito próximo, a Reserva Natural do Estuário do Tejo é local de passagem de muitas aves migradoras e, por isso, um excelente ponto para a observação de aves. De referir ainda, a tradição tauromáquica da região, um tema central nas festividades locais como a Festa do Colete Encarnado.
Em Vila Franca de Xira, destaca-se a arte urbana, em que se integrou um mural dedicado ao papel da imprensa na Revolução dos Cravos. A imprensa foi muito importante, tanto na preparação quanto na difusão dos acontecimentos. Muitos jornalistas corajosamente enfrentaram a censura antes do 25 de Abril e, no dia da Revolução, rádios e jornais rapidamente transmitiram notícias e orientações, ajudando a coordenar as ações do Movimento das Forças Armadas e a mobilizar a população. Posteriormente, a liberdade de imprensa foi um dos principais ganhos, permitindo um fluxo livre de informações e ideias.
Palmela | O Papel da Mulher na Revolução
No alto da Serra da Arrábida, Palmela fez parte da linha de defesa a sul do Rio Tejo desde a época romana, tendo tido um papel importante com o rei D. Afonso Henriques (séc. XII) que doou este território à Ordem de Santiago de Espada. Do Castelo, pode-se admirar toda a região que se estende entre o Rio Tejo e o Rio Sado, antes de explorar o Parque Natural da Serra da Arrábida, onde se destacam as praias de areia fina e água transparente. Palmela integra uma região vitivinícola importante, onde se produzem vinhos de mesa de excelente qualidade, o que dá o mote às Festas das Vindimas, que se realizam o início de setembro.
Palmela foi o local escolhido para pintar um mural a lembrar o papel essencial que as mulheres tiveram na Revolução de 25 de Abril. Participaram ativamente em manifestações, na organização de atividades revolucionárias e na luta pela liberdade e pelos direitos civis. A sua contribuição foi vital para o sucesso da revolução e para a implementação de mudanças sociais significativas. Após a revolução, os direitos das mulheres sofreram transformações profundas. A nova Constituição de 1976 consagrou a igualdade de género, garantindo direitos iguais no trabalho, na família e na participação política. Essas mudanças não só melhoraram a vida das mulheres em Portugal, mas também contribuíram para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária em Portugal.
Vendas Novas | Símbolos do 25 de Abril
Situado na antiga estrada real de Lisboa para o Alentejo, no séc. XVI, Vendas Novas foi local de descanso de D. João III, durante as suas caçadas reais, e do Duque de Bragança, D. Teodósio, nas suas deslocações ao palácio de Vila Viçosa. No séc. XVIII, D. João V mandou construir um Palácio Real, onde está instalado atualmente o Regimento de Artilharia Nº 5, contexto que leva a uma visita ao Museu Militar da antiga Escola Prática de Artilharia e a Capela Real. É uma das localidades que se passam nas viagens para o Alentejo e um habitual ponto de paragem para apreciar as bifanas de Vendas Novas, uma das famosas sandes tradicionais portuguesas.
Esta cidade, muito ligada à vida militar durante o séc. XX, foi escolhida para relembrar o 25 de abril num mural onde se memorizaram os ícones históricos que simbolizam a Revolução dos Cravos. O megafone representa a voz do povo e dos militares que comunicavam a revolução. O cravo vermelho, colocado nos canos das espingardas pelos civis, simboliza a paz e a resistência não violenta. A chaimite, um veículo blindado utilizado pelos militares do MFA, tornou-se um símbolo de força e mudança, transportando a mensagem de que a transformação seria conduzida de forma ordeira e determinada.
Castelo de Vide | MFA - Movimento das Forças Armadas
Situada no Parque Natural de São Mamede, vale a pena visitar a vila histórica de Castelo de Vide onde se destaca o ambiente medieval e a sua herança judaica. Na bem preservada Judiaria, que remonta ao séc. XIII, pode-se visitar a Sinagoga, a Casa da Inquisição e o Museu Garcia de Orta. Entre o património histórico destaca-se também o Burgo medieval, o Centro de Interpretação do Megalitismo, numa região onde ainda subsistem muitos vestígios de dolmens e antas, e a Casa da Cidadania Salgueiro Maia, em honra do capitão de Abril. Além do património, a localidade sempre foi conhecida pelas suas riquezas naturais nomeadamente pelas termas, cuja água tem propriedades terapêuticas.
Sendo a terra natal do capitão Salgueiro Maia, foi o local certo para lembrar como o Movimento das Forças Armadas foi o principal motor da Revolução dos Cravos. Composto por oficiais militares descontentes com a guerra colonial e o regime ditatorial, o MFA planeou e executou o golpe de Estado de 25 de abril de 1974. A sua ação coordenada foi crucial para o sucesso da revolução, assegurando a transição pacífica do poder e iniciando um processo de democratização que mudou radicalmente o panorama político e social de Portugal.
Lagos | Primeiras eleições livres
Uma visita a Lagos é um convite a desfrutar do sol, da praia e dos sabores da cozinha algarvia, mas a cumplicidade com o mar é histórica. No século XV, foi em Lagos que o Infante D. Henrique armou as caravelas que alcançaram a costa de África, dando início à epopeia dos Descobertas portuguesas. O património mostra como a cidade foi importante para as viagens marítimas, espírito ainda vivo na sua marina internacional. A visitar, o Castelo dos Governadores, as Muralhas da cidade, o Mercado de Escravos, o primeiro que se realizou da Europa, no séc. XV, o Forte da Ponta da Bandeira, ponto de vigia sobre o mar, e a barroca Igreja de Santo António, com um valioso trabalho de talha dourada.
Na cidade, a escultura em homenagem ao Capitão de Abril, Salgueiro Maia, evoca a Revolução do 25 de Abril de 1974 e a conquista da Liberdade. Precisamente um ano depois, realizaram-se as primeiras eleições livres com sufrágio universal em Portugal. Foi um marco histórico. Milhões de portugueses, muitos pela primeira vez, exerceram o direito ao voto num ambiente de entusiasmo e participação cívica sem precedentes. As eleições para a Assembleia Constituinte, responsável por redigir a nova Constituição democrática do país, consolidaram os ideais de liberdade, igualdade e justiça social nas instituições políticas de Portugal.
Faro | Radiotransmissão durante o 25 de Abril
Junto à Ria Formosa e ao mar, numa posição estratégica, Faro foi um importante porto comercial ao longo dos séculos. A sua história ficou marcada por fenícios, romanos, visigodos e pela presença árabe entre o séc. VIII e o séc. XIII, altura em que foi conquistada pelo rei de Portugal, D. Afonso III. Voltou a ser um importante núcleo comercial durante o séc. XVI, época em que foram construídos uma grande parte dos monumentos religiosos, como a Igreja da Misericórdia e os vários conventos da cidade. No centro histórico, visite a Igreja Matriz de São Pedro, a Igreja do Carmo, com a sua curiosa Capela dos Ossos, o Paço Episcopal e a Sé Catedral, cuja torre é um excelente miradouro sobre a cidade e a Parque Natural da Ria Formosa.
Em passeio pela cidade, será surpreendido por obras de arte urbana, em que se integra o mural dedicado à importância da rádio durante A Revolução dos Cravos. A rádio desempenhou um papel crucial durante o 25 de Abril de 1974, uma vez que as emissoras foram usadas pelo Movimento das Forças Armadas para transmitir senhas e comunicados importantes no dia da Revolução. Canções como "E Depois do Adeus", de Paulo de Carvalho, e "Grândola, Vila Morena", de Zeca Afonso, serviram como sinais codificados para o início das operações. A rádio foi essencial para informar a população e coordenar os movimentos das tropas, tendo sido um dos fatores vitais para o sucesso da revolução e para a comunicação direta com os cidadãos.
Ponta Delgada, Ilha de São Miguel | Arte e Cultura de Abril
Ponta Delgada começou por ser um simples povoado de pescadores no séc. XV, mas depressa desempenhou o papel de principal porto da Ilha de São Miguel. No centro histórico, as Portas da Cidade são o ponto de partida para a explorar a cidade e os seus monumentos como a Igreja Matriz de São Sebastião, do século XV, ou o Convento e Capela de Nossa Senhora da Esperança, onde se venera a imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres, importante festividade local. Perfeito igualmente para iniciar um passeio pela “Ilha Verde”, conhecida pela sua origem vulcânica e natureza exuberante.
Natália Correia, uma importante escritora do séc. XX, nasceu em Ponta Delgada. A jornalista, poetisa e dramaturga, grande defensora da liberdade de expressão, foi a inspiração para pintar um mural dedicado às manifestações culturais que floresceram após a Revolução dos Cravos.
Antes de 1974, Portugal vivia sob um regime ditatorial que impunha severas restrições à liberdade de expressão. A censura era uma constante, afetando todas as formas de arte e cultura, desde a literatura e a música até ao teatro e ao cinema. Artistas, músicos, atores, escritores e outras figuras ligadas à cultura desempenharam um papel crucial na resistência contra a opressão, utilizando as suas obras para desafiar o regime. Uma dessas importantes figuras foi a poetisa, escritora e ativista Natália Correia, natural de Ponta Delgada, cuja voz e arte ajudaram a moldar uma nova era de liberdade cultural. Com a Revolução dos Cravos, as restrições à liberdade de expressão foram abolidas, permitindo que artistas e escritores explorassem novos temas e estilos sem receio de represálias.
Angra do Heroísmo, Ilha Terceira | Euforia popular pós-Revolução
O que torna a Terceira ilha dos Açores a ser descoberta no séc. XV é o magnífico contraste entre a beleza natural e o admirável trabalho do homem no centro histórico de Angra do Heroísmo, Património Mundial da UNESCO. Associada às Descobertas portuguesas nos séculos XV e XVI, a criação da cidade está intimamente ligada à sua função marítima, tendo sido porto de escala obrigatória das frotas de África e das índias. Na visita, não deixe de conhecer a Sé de Angra, a Igreja de São Gonçalo, o Palácio dos Capitães-Generais, os Fortes de São Sebastião e de São João Baptista, o Museu de Angra. São tesouros de arte guardados durante séculos. Do miradouro Monte Brasil, observe a cidade onde a arte urbana também tem lugar e foi enriquecida a propósito das comemorações do 25 de Abril, com um mural de celebração coletiva da liberdade conquistada.
Após a Revolução dos Cravos, Portugal vivenciou uma explosão de alegria e exaltação, com o fim de quase meio século de ditadura. A população tomou as ruas para celebrar a nova liberdade conquistada, expressando-se livremente sem medo de repressão. A música, os discursos e as manifestações espontâneas foram marcados por um sentimento coletivo de esperança e renovação, que celebrava a liberdade de expressão e de pensamento.
Santa Cruz | Literacia após o 25 de Abril e o acesso à educação
Santa Cruz é uma das povoações mais antigas da Madeira, descoberta por João Gonçalves Zarco no séc. XV. Com uma forte ligação ao mar e à natureza, a 18 km do Funchal, é um exemplo da paisagem madeirense, onde se pode desfrutar de praias, miradouros e jardins. Como em toda a ilha, as atividades ao ar livre, como os passeios a pé, são muito apreciadas, destacando-se ainda a Reserva Natural Parcial do Garajau, local exemplar de biodiversidade marinha e com boas condições para a prática de mergulho.
Associando-se às celebrações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, a localidade de Santa Cruz assinalou a data com a pintura de um mural dedicado à educação, numa antiga Escola Primária.
A Revolução de 25 de Abril de 1974 trouxe mudanças significativas no campo da educação e da literacia. Antes da Revolução, o país enfrentava altos níveis de analfabetismo, com uma grande parte da população sem acesso adequado à educação básica. Após a revolução, foram implementadas campanhas de alfabetização de adultos e expandiu-se o acesso à educação em todos os níveis, o que permitiu aumentar significativamente a taxa de alfabetização e promover uma maior consciência cívica e a participação democrática entre os cidadãos.
Machico, Madeira | Música de Abril
A agradável baía em que se situa a cidade de Machico convida a passear junto ao mar e a conhecer as suas tradições culturais, os monumentos históricos, os miradouros, as praias e os espaços verdes. Na baía, ponto de partida privilegiado para a observação de cetáceos, podem-se praticar desportos náuticos como a canoagem, o windsurf ou o stand up paddle. Já as paisagens deslumbrantes das encostas viradas ao mar são apreciadas pelos praticantes de trail running e para passeios a pé. No extremo oriental, a Reserva Natural Parcial da Ponta de São Lourenço é relevante enquanto património natural, pela paisagem deslumbrante e por ser local de várias espécies de plantas raras e de aves marinhas protegidas.
Entre o património cultural de Machico, de referir a Casa da Música, o local escolhido para lembrar como a música teve um papel importante na luta pela liberdade em Portugal, tanto antes como depois da Revolução dos Cravos, com a pintura de um mural. Durante o regime ditatorial do Estado Novo, músicos e compositores encontraram maneiras de usar a sua arte como forma de resistência e protesto. O Padre José Martins Júnior, retratado no mural, é um exemplo desse facto. Embora conhecido pelo seu papel como sacerdote e ativista social na Madeira, utilizou a música como forma de resistência, musicando versos que refletiam as dificuldades da população e serviam como forma de protesto e expressão cultural. Após o 25 de Abril de 1974, a música continuou a ser uma ferramenta poderosa para a consolidação da democracia e para a promoção da liberdade de expressão.
Na linguagem artística do projeto “Ruído”, outros murais serão realizados ao longo de todo o ano para celebrar o momento histórico e os valores conquistados pela Revolução dos Cravos.