Museus e Palácios

O núcleo-sede do Museu de Lisboa está instalado num palácio de veraneio da primeira metade do século XVIII, enquadrado pelo que resta de uma antiga quinta senhorial. O Museu de Lisboa - Palácio Pimenta dá a conhecer a evolução da cidade, desde a pré-história até ao final do século XX.

O Palácio Pimenta foi construído entre 1739 e 1746, por iniciativa de Diogo de Sousa Mexia, figura de relevo dos reinados de D. João V e D. José. Ao longo dos tempos, esta residência senhorial teve sucessivos proprietários, entre eles Manuel Joaquim Pimenta de Carvalho, a quem se deve a atual designação. Em 1914, o palácio foi comprado por Jorge Lobo de Ávila Graça, que o submeteu a importantes obras de remodelação que reinterpretaram a estética setecentista e adaptaram o palácio às necessidades do quotidiano de então.

Em 1962, o imóvel foi adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa para, após requalificação do edifício e jardins, aqui instalar o então denominado Museu da Cidade, que tinha funcionado no Palácio da Mitra desde 1942. O projeto de restauro, não inteiramente concretizado, foi da autoria de Raul Lino, mas a adaptação a museu foi da responsabilidade do arquiteto Duarte Nuno Simões. Com programa museológico da olisipógrafa Irisalva Moita, o piso superior do novo museu foi inaugurado em maio de 1979 e as áreas do andar térreo abriram faseadamente entre 1982 e 1985. O plano de Irisalva Moita propunha um discurso cronológico e evolutivo sobre a cidade, relacionado com o acervo existente, e previa ainda a construção de um grande edifício no jardim, chamado Galerias do Museu. O projeto foi posteriormente reduzido para dois pavilhões: o Pavilhão Preto, inaugurado em 1994, com risco do arquiteto Pedro Fezas Vital, e o Pavilhão Branco, que abriu ao público no ano seguinte, com o projeto da arquiteta Daniela Ermano.

Em 2015, foi criado o Museu de Lisboa, formado por cinco núcleos. Com este novo formato, o Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, núcleo-sede, iniciou um processo de remodelação do edifício e de atualização da exposição de longa duração, com recurso a novos conteúdos e dispositivos, e uma programação consistente de exposições temporárias. Este processo culminou na reabertura do piso térreo em 2021 e do primeiro andar em 2024.