O Alpendre
Restaurantes e Cafés
Numa rua típica de Arraiolos, nasceu há mais de 30 anos uma taberna que, apesar de popular, ganhou notabilidade maior quando José Manuel Poeiras Severino se apropriou do espaço para o transformar num restaurante típico alentejano, com inequívocos laivos de genialidade. O rasgo deste excelente mestre na arte de bem receber passou por simplesmente recuperar e servir com garbo e mestria a gastronomia tipicamente alentejana. As instalações são exemplo de simplicidade e bom gosto: sala ampla, decorada com instrumentos agrícolas, tijoleira rústica e mesas cobertas com bons atoalhados brancos.
A cozinha é de sabores caseiros, com produtos de grande qualidade. As entradas frias são vastas: chocos, orelha de porco, pimentos assados, ovos de codorniz, favas, frango assado, todos de vinagrete, presunto pata negra e grão com bacalhau; nas quentes, destacam-se os cogumelos grelhados, os ovos escalfados em molho de tomate e os ovos mexidos com espargos. A extensa
carta, quanto à carne de porco preto do montado, oferece: túbaros com cogumelos, rins na grelha, miminhos à Alpendre e carne de porco preto à alentejana; de borrego do montado: costeletas fritas com migas de batata e costeletas à Alpendre com migas de espargos; e de vitela do montado: bife na caçarola, naco de vitela com migas de hortelã e bife da vazia grelhado, entre outros.
No capítulo dos peixes, desfilam a açorda de ovas com cação frito, o bacalhau à Alpendre grelhado, o cação com amêijoas e o arroz de tomate com carapauzinhos fritos. As migas, com destaque na carta, são, entre muitas outras, de bacalhau, de fava com enchidos, à alentejana com carne do alguidar, ou dos ganhões (com lombo envolvido em bacon). Contam ainda, como especialidades da casa, a massa de peixe, o arroz de bacalhau, o gaspacho à alentejana com carapaus fritos, a açorda à alentejana e a massinha de cozido de grão.
Para sobremesa, doces conventuais e regionais: pastel de toucinho, pão de rala, encharcada, sericá com Ameixa d’Elvas DOP, confecionados pelas mãos mágicas de dona Fátima.
Excelente garrafeira, maioritariamente alentejana. Serviço atento e simpático.
12h00-15h30; 19h00-24h00
Dia(s) de Encerramento: Segunda-feira ao jantar
Prato emblemático
Cogumelos e tudo o que houver de espargos no seu tempo, sobretudo em migas, e a doce sericá, cujo perfume faz salivar a alma mais espartana. De comer e chorar por mais.
Mais-valia
A gentileza do atendimento, a excelência das matérias-primas, a vontade de perpetuar o receituário alentejano e a sala decorada com bom gosto, numa constante alusão ao Alentejo rural, fazem-nos querer voltar vezes sem conta.