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Alandroal

Junto ao rio Guadiana e perto da fronteira, no Alandroal sente-se a tranquilidade e desfruta-se de dias calmos junto ao Lago do Alqueva.

Diz-se que o nome teve origem numa planta conhecida por “alandro” ou “aloendro”, uma espécie de arbustos que abundava por estas terras. A localidade foi fundada em 1298, durante o reinado de D. Dinis, pela ordem militar de Avis, certamente pela sua importância estratégica na defesa do território.

O Castelo do Alandroal, o Castelo de Terena e a Fortaleza de Juromenha faziam um triângulo defensivo que teve importância ao longo dos séculos, em particular durante as Guerras da Restauração da independência de Portugal, no séc. XVII. Era uma região muito apreciada pela família real, que tinha o palácio ducal em Vila Viçosa. Sabe-se que o rei D. Carlos gostava de fazer caçadas por esta zona, escolhendo o Alandroal para descansar.

Estação Náutica do Alandroal
A Estação Náutica do Alandroal integra a Praia Fluvial Azenhas d’El Rei, onde se pode relaxar numa original paisagem ribeirinha de azinheiras e sobreiros e saborear os melhores pratos alentejanos, feitos com produtos regionais, no restaurante local. Pode-se aproveitar o rio para fazer passeios de barco, pequenos cruzeiros, vela, stand up paddle, pesca e até atravessar o rio de caiaque até Cheles, a praia fluvial espanhola na outra margem (a 50 metros de rio). Além de passear no rio, há sessões de ioga ou de tai chi. O Parque de merendas é um excelente sítio para piqueniques e tardes de relax à beira do Guadiana. É ainda um local para observação de estrelas, uma vez que se integra na reserva de Céu Dark Sky®, considerada uma Starlight Destination pela UNESCO.

Percursos pedestres do Alandroal
Sendo uma zona de fronteira, no Alandroal também há histórias de contrabandistas para contar, antes de haver a livre circulação de bens que a União Europeia proporcionou. Diz-se que o café, o tabaco, as peças de automóvel e perfumes eram os artigos que mais se trocavam clandestinamente. Além dos caminhos usados pelos contrabandistas, existem vários passeios que se podem fazer a pé no Alandroal, seja na vila, em Terena, na aldeia de Ferreira ou para ver a Pedra Alçada, um dos pontos de interesse no património local. A Pedra Alçada é um imponente monumento megalítico com 10 metros de altura e 6 de diâmetro, um dos maiores do concelho. Ao longo do percurso encontram-se outros testemunhos do modo de viver, os usos e os costumes locais, como os tradicionais fornos de carvão, obtido a partir de lenha de azinho ou sobro. O cheiro não engana.

Terena e Juromenha
Nas proximidades vale a pena visitar a Fortaleza de Juromenha. Com uma vista espetacular sobre o rio, é uma sentinela do Guadiana, uma fortaleza do séc. XVI. 

Em Terena, pensa-se que o Castelo poderá ter sido construído no séc. XIII, após a atribuição do foral da povoação a Gil Martins e a sua mulher D. Maria João. No entanto, as fontes oficiais atribuem a sua construção a D. Dinis e a D. João I, quando este integrou a povoação na Ordem de Avis. Durante o período manuelino teve obras, como se percebe pelo portal da entrada principal, tendo sido afetado pelo terremoto de 1755. Ainda em Terena, há uma curiosa capela fortaleza, com ameias e campanário, a Capela da Boa-Nova ou Santuário de Nossa Senhora da Assunção da Boa Nova.



A 4 km de Terena, o sítio arqueológico do Endovélico revela um antigo santuário pagão conhecido como rocha da Mina, povoado mais tarde pelos romanos, durante o séc. I. Ainda se consegue ver o local dos sacrifícios e algumas sepulturas medievais escavada na rocha. Fica no topo da colina de São Miguel, perto da ribeira de Lucefécit.

Para melhor perceber a importância do local, é possível fazer uma visita guiada. Para sentir o ambiente sagrado do local, a Barragem de Lucefécit, é um ponto de paragem obrigatório. Dizem que o nome Lucefécit terá tido origem no culto pagão de Lúcifer, mais tarde associado ao demónio pelo cristianismo. No séc. V, o templo pagão foi cristianizado com a construção da capela de São Miguel nas proximidades. Na barragem, pode-se tomar banho, praticar canoagem, fazer piqueniques e pequenos passeios pedestres por uma paisagem tipicamente alentejana. É ainda possível fazer voos de balão para apreciar a paisagem sobre a albufeira da barragem e o montado, avistando ao longe o Lago do Alqueva.



Em qualquer localidade alentejana, a gastronomia também é um ponto de interesse. De referir os pratos de peixe do rio, o caldo de grão com carne de porco preto, uma especialidade local, assim como os grelhados das várias carnes de montado, que certamente lhes dá um sabor diferente (bovinos de raça Mertolenga, porcos de bolota Pata Negra, cabras e ovelhas Merino). Além da carne e enchidos de porco preto, merece referência o ensopado de borrego. Nas sobremesas, há que provar o bolo rançoso, o pão de rala, a encharcada, o bolo podre e as popias alentejanas.

Em Julho, realiza-se o Festival Fora da Casca, dedicado ao caracol, caracoleta e ao lagostim, petiscos muito apreciados nas tardes de verão. A Festa de Setembro, no 1º fim de semana do mês, em honra de Nossa Senhora da Conceição, traz muita gente à vila. O programa inclui música, tourada, arruadas, largadas de touros e garraiadas, além da tradicional procissão e missa em honra da padroeira. A esta festa está associado o Festival da Juventude, que decorre no primeiro dia do evento.

Em qualquer altura do ano, o Alandroal pode ser pode ser um ponto de descanso entre Elvas, Vila Viçosa, Reguengos de Monsaraz e Redondo e ponto de partida para visitar o património arquitetónico e cultural da região.



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