Casa de Camilo - Museu / Centro de Estudos
Museus e Palácios
Casa de Camilo - Museu
Embora não contendo as principais caraterísticas que definem a residência do brasileiro de torna-viagem, a casa de S. Miguel de Seide foi, na verdade, mandada construir, por volta de 1830, com dinheiros amealhados por Pinheiro Alves no Brasil.
Após a sua morte, para a qual muito contribuiu o desgosto que lhe causara a absolvição de sua esposa, Ana Plácido, e de Camilo Castelo Branco no Tribunal da Relação do Porto, pelo crime de adultério de que os acusara, o romancista ali se instalou, no Inverno de 1863, onde, até ao fatídico dia de 1 de Junho de 1890, num processo febril de criação literária e à custa de tragédias próprias e alheias, escreveu grande parte da sua obra, na qual se refletem os traços mais marcantes e genuínos do Portugal oitocentista e da alma portuguesa de todos os tempos.
Depois do incêndio que o devastou em 1915, o imóvel foi reconstruído e transformado, em 1922, em Museu Camiliano. Na reedificação, porém, a casa sairia muito adulterada, pois a instalação da escola primária da freguesia de Seide no rés-do-chão e os requisitos técnicos a que para esse fim teve de obedecer, alteraram-lhe certas caraterísticas fundamentais.
Considerada a maior memória viva de Camilo, a Casa de Seide ganhou um significado histórico de fundamental importância para o conhecimento profundo da vida e da obra do escritor, constituindo cada visita um convite renovado à leitura de Camilo e uma aposta de esperança na perenidade da cultura e da língua portuguesas de que a sua obra constitui afirmação tão singular.
Casa de Camilo - Centro de Estudos
No sentido de dinamizar a ação didática e pedagógica da Casa de Camilo e de fazer render o vasto património da instituição, nos campos da bibliografia, da documentação manuscrita, muita dela autógrafa, da iconografia e das artes plásticas, promoveu o Município Famalicense a construção de um vasto edifício que compreende um auditório, salas de leitura e de exposições temporárias, gabinetes de trabalho, reservas e cafetaria, entre outros espaços, num amplo e belo conjunto concebido pelo Arquiteto Álvaro Siza Vieira.
Situadas junto ao museu, mas sem lhe atingir o enquadramento histórico e natural, as instalações do Centro de Estudos permitiram transformar este lugar simbólico num centro de irradiação que, tendo por primeiro objeto a figura e a obra de Camilo, visa acima de tudo a promoção de uma rasgada política de intervenção cultural e científica a favor da Língua e Cultura Portuguesas, como realidade essencial e privilegiado fundamento, não apenas da nossa identidade, mas também, e sobretudo, da sua afirmação no vastíssimo espaço da lusofonia e nos países da União Europeia.
4770-631 São Miguel de Seide
Casa de Camilo - Museu (encerra às 2ª Feiras e feriados)
3ª a 6ª feira: 10h00-17h
Sábado e Domingo: 10h30-12h30 / 14h30-17h30
Casa de Camilo - Centro de Estudos
2ª a 6ª feira: 10h00-17h30
Sábado e Domingo: 10h30-12h30 / 14h30-17h30
Sala de leitura (Edifício Casa de Camilo - Centro de Estudos)
2ª a 6ª feira: 10h00-17h15
- Total
- Total
- Parcial
- Loja
- Incapacidade visual
- Incapacidade motora
- Incapacidade intelectual
O conjunto arquitetónico camiliano de S. Miguel de Seide designa-se por «Casa de Camilo – Museu / Centro de Estudos», utilizando-se a Casa de Camilo – Museu para denominar a moradia onde o escritor viveu e se suicidou, e Casa de Camilo - Centro de Estudos para referir o edifício concebido pelo Arquiteto Álvaro Siza Vieira, composto por auditório, sala de exposições, sala de leitura, gabinetes de trabalho, reservas e cafetaria.