Memorial às Vítimas do Massacre de 1506
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Inaugurado no quadro dos 500 anos sobre o evento, o Memorial às Vítimas do Massacre de 1506 encontra-se no local onde este teve lugar, no largo em frente à Igreja de São Domingos, em Lisboa.
É uma obra de 2008, da autoria de Graça Bachmann, sob proposta da Comunidade Judaica. Uma peça em pedra, uma esfera, símbolo do mundo que, truncada, evoca a violência e o caos, onde se apresenta uma inscrição alusiva ao massacre, sobre a Estrela de David; na base, num bloco de pedra retangular onde a escultura assenta, pode ler-se uma frase do Livro de Job, "Ó terra não ocultes o meu sangue, não ocultes o meu clamor".
No fim de tarde de 19 de abril de 1506, frades dominicanos instigaram a população lisboeta a matar os cristãos-novos. Entre duas e quatro mil pessoas terão morrido de forma bárbara, incinerados em pilhas em vários pontos da cidade.
Junto a este memorial, mesmo defronte da porta da Igreja, encontra-se um outro monumento onde, em 2000, o Cardeal Patriarca de Lisboa, José Policarpo, assumiu a vergonha pela perseguição inquisitorial.