Museu-Escola de Artes Decorativas Portuguesas
Museus e Palácios
Em 1953, Ricardo Espírito Santo Silva, banqueiro e coleccionador de arte, doou parte das suas valiosas colecções privadas ao Estado Português. Esta generosa doação incluiu o Palácio Azurara, edifício nobre setecentista situado junto de um dos melhores miradouros de Lisboa antiga, o Largo das Portas do Sol.
Peças verdadeiramente excepcionais decoram as salas do palácio, onde o visitante se sente transportado ao ambiente de uma casa fidalga portuguesa do séc. XVIII. O mobiliário, um dos núcleos mais importantes existentes em Portugal, compreende peças dos séculos XVI ao XIX, incluindo alguns trabalhos representativos do encontro de Portugal com culturas distantes.
A decoração inclui exemplares dos mais belos tapetes de Arraiolos, colchas e panos bordados de influência oriental, pintura representativa de artistas nacionais e estrangeiros que trabalham em Portugal, uma importante colecção de ourivesaria reunida pelo Fundador, onde a prataria civil portuguesa dos séculos XVI ao XIX está admiravelmente representada, porcelanas e vidros. Pequenos mas valiosos objectos como desenhos, gravuras, livros encadernados ou relógios espalham-se pelas diversas salas de modo a reforçar a sensação da vivência de uma casa de família.
Tendo como missão promover o estudo das Artes Decorativas portuguesas e incentivar a formação profissional de grande qualidade, a Fundação dirige a Escola Superior de Artes Decorativas e o Instituto de Artes e Ofícios. Aqui são mantidas várias oficinas onde se trabalham os ofícios tradicionais relacionados com as artes da madeira, pintura decorativa, cinzelagem, encadernação, douragem e manufactura de tapetes de Arraiolos, entre outros. Dos muitos trabalhos executados para todo o Mundo, destacamos a reconstituição da biblioteca de Mme. Du Barry, no Palácio de Versailles, após um incêndio.
1100-411 Lisboa