Com aroma frutado, ligeiramente espesso, com cor de ouro ou amarelo esverdeado, amargo, picante ou mais adocicado, suave ou intenso. É assim o azeite português.
País sob forte influência de clima mediterrânico, em Portugal a oliveira marca a paisagem desde tempos imemoriais. A qualidade dos solos e as variações climáticas determinam as variedades e as castas das oliveiras e consequentemente a qualidade e diversidade dos azeites produzidos.
Deste modo, em torno deste ingrediente essencial da cozinha portuguesa podemos partir à descoberta de cada uma das seis regiões com Denominação de Origem Protegida na produção de azeite: Trás-os-Montes, Beira Interior, Ribatejo, Moura, Alentejo Interior e Norte Alentejano.
Em Trás-os-Montes, no extremo nordeste da região do Porto e Norte de Portugal, a cultura da oliveira e produção de azeite concentram-se maioritariamente na chamada “Terra Quente”, que se estende pelos concelhos de Valpaços, Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Vimioso, Izeda (Bragança) Murça, Alijó, Alfândega da Fé, Mogadouro, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Tabuaço, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Freixo de Espada à Cinta. Depois do Alentejo, esta é a região que mais azeite produz em Portugal, numa terra feita de montanhas e planaltos de xisto, agrestes mas de grande beleza, tal como os vales onde correm rios cenográficos como o Douro.
Com aroma frutado, ligeiramente espesso, com cor de ouro ou amarelo esverdeado, amargo, picante ou mais adocicado, suave ou intenso. É assim o azeite português.
País sob forte influência de clima mediterrânico, em Portugal a oliveira marca a paisagem desde tempos imemoriais. A qualidade dos solos e as variações climáticas determinam as variedades e as castas das oliveiras e consequentemente a qualidade e diversidade dos azeites produzidos.
Deste modo, em torno deste ingrediente essencial da cozinha portuguesa podemos partir à descoberta de cada uma das seis regiões com Denominação de Origem Protegida na produção de azeite: Trás-os-Montes, Beira Interior, Ribatejo, Moura, Alentejo Interior e Norte Alentejano.
Em Trás-os-Montes, no extremo nordeste da região do Porto e Norte de Portugal, a cultura da oliveira e produção de azeite concentram-se maioritariamente na chamada “Terra Quente”, que se estende pelos concelhos de Valpaços, Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Vimioso, Izeda (Bragança) Murça, Alijó, Alfândega da Fé, Mogadouro, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Tabuaço, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Freixo de Espada à Cinta. Depois do Alentejo, esta é a região que mais azeite produz em Portugal, numa terra feita de montanhas e planaltos de xisto, agrestes mas de grande beleza, tal como os vales onde correm rios cenográficos como o Douro.
Contígua a esta região e confinando com o Douro a sul, vamos encontrar a Beira Interior que compreende os azeites da Beira Alta e Beira Baixa. No Centro de Portugal, a região é marcada por grandes contrastes paisagísticos e compreende um total de 24 concelhos, onde se encontra essencialmente olival tradicional que preenche encostas e margens de rios, como o Tejo e seus afluentes. A norte temos a paisagem serrana que se vai suavizando à medida que caminhamos para sul até encontrarmos, já no limite meridional, a paisagem de latifúndio, onde o olival é vizinho de campos de montado. Nesta região podemos visitar o Museu do Azeite, em Belmonte e, muito perto de Idanha-a-Nova, o Núcleo Museológico do Azeite – Complexo de Lagares de Proença-a-Velha, recuperados pelo Centro Cultural Raiano de Idanha-a-Nova. Já em Idanha-a-Velha, aldeia histórica onde encontramos oliveiras centenárias, é de visita obrigatória o interessante Lagar de Varas recuperado pelo mesmo Centro Cultural Raiano.
Seguindo o curso do Tejo em direção a Lisboa, chegamos ao Ribatejo, outra das regiões de produção de azeite DOP que abrange cidades como Abrantes, Santarém, Torres Novas e Tomar. Nesta última, cujo Castelo e Convento de Cristo estão classificados Património Mundial pela Unesco, encontram-se em vias de musealização os antigos Lagares d’el-Rei, que remontam aos séc. XII e XIII, da época em que a cidade foi sede da ordem dos Templários.
Mais para sul chegamos ao Alentejo, a zona de maior produção de azeite em Portugal, onde assistimos à cultura tradicional, semi-intensiva e intensiva da oliveira, com três marcas DOP. O norte alentejano abrange uma vasta zona que se estende de Portalegre a Reguengos de Monsaraz, os azeites de Moura englobam as produções de Moura, Serpa e Vila Verde de Ficalho e finalmente o Alentejo Interior compreende os concelhos de Portel, Vidigueira e Torrão. Em Moura, não podemos deixar de visitar o Museu do Azeite - Lagar de Varas do Fojo, do século XIX, e em Campo Maior, o Lagar-Museu do Palácio Visconde d’Olivã. O Alentejo é a região dos vastos horizontes, da força da terra, das planícies de sobreiros e oliveiras a perder de vista. Igualmente na região encontraremos as Azeitonas de Conserva de Elvas e Campo Maior, azeitonas de mesa de qualidade que também têm certificação DOP.
Depois de percorrer todas ou algumas destas regiões, incluindo o Algarve que tem também azeites DOP, ficamos a conhecer as diferentes variedades do azeite português, assim como a grande diversidade de paisagens, património e experiências que o país proporciona, sempre a curta distância. Ficam evidentes as mais modernas técnicas de plantação do olival, os muitos lagares que se podem visitar mostram a mais avançada tecnologia de fabricação e a grande qualidade dos azeites produzidos em Portugal fica apenas à distância da prova.