A Estalagem
Restaurantes e Cafés
O espaço é surpreendentemente simples e agradável: sala comprida com pé-direito muito alto, chão escuro a imitar granito, paredes decoradas com inúmeros artefactos relacionados com as atividades agrícolas e domésticas do passado recente, arcos, cadeiras de bunho, mesas de madeira com toalhas de pano azuis por baixo e brancas por cima. Este ambiente rústico e familiar combina na perfeição com os sabores da gastronomia regional e das especialidades locais, que a família Trindade conhece e faz questão de preservar. António Trindade é o anfitrião; na cozinha estão a sogra, Maria da Conceição, de 74 anos, que faz e ensina, e a mulher, Fátima; na sala colabora a filha, Catarina. O trabalho da equipa revela muita dedicação e nenhum pretensiosismo.
A ementa abre com quatro sugestões de produtos regionais para entrada: painho, Queijo Mestiço de Tolosa IGP e queijos de ovelha seco e amanteigado. Nas sopas, três destaques: açorda à alentejana, sopa de cação e sopa de tomate. Nos pratos principais impõem-se os pezinhos de coentrada, o lacão assado no forno, as bochechas de porco estufadas, o feijão branco com cabeça de porco, a carpa à Estalagem, pescada no Caia, passada por farinha e frita com molho de poejos, que é uma especialidade local, e dois pratos que conquistaram os favores dos clientes, mesmo não sendo tipicamente regionais: bacalhau dourado e feijoada de chocos. Doçaria caseira com sericaia, migas doces, arroz-doce e tarte de lima em destaque. Garrafeira com cerca de 70 referências, todas de vinhos do Alentejo, dos mais caros aos mais baratos.
12h00-15h00; 19h00-22h00
Encerra segunda-feira
Prato emblemático: Pezinhos de porco de coentrada, cortados em pedacinhos, sendo os maiores desossados, cozinhados no molho de coentros e acompanhados com batatas fritas.
Mais-valia: A decoração é original, com uma multiplicidade surpreendente de objetos ligados à vida rural, na casa e no campo, dispostos quase a esmo, mas com graça e sentido estético.